DEFININDO TERMOS

 
 O que são deficiências? 


          De acordo com a classificação desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde, são problemas nas funções ou estruturas do corpo, tais como órgãos e membros. As deficiências podem ser temporárias ou permanentes; progressivas, regressivas ou estáveis; intermitentes ou contínuas. O desvio em relação ao modelo baseado na população, e geralmente aceito como normal, pode ser leve ou grave e pode variar ao longo do tempo. As deficiências podem ser parte ou uma expressão de uma condição de saúde, mas não indicam, necessariamente, a presença de uma doença ou que o indivíduo deva ser considerado doente.
       O Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamenta a Lei Nº 7.853, apresenta a seguinte definição para deficiência: “toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.


 Como funciona o olho humano?

Nos vídeos abaixo, nós podemos observar as partes que constituem um olho e seu funcionamento:

Este vídeo apresenta um breve resumo sobre o processo da visão: 

 O que é cegueira?
             Segundo o MEC, a definição de cegueira envolve a ausência total da visão até a perda da luminosidade.
               A delimitação do grupamento de deficientes visuais, cegos e portadores de visão subnormal se dá por duas escalas oftalmológicas: acuidade visual, aquilo que se enxerga a determinada distância, e campo visual, a amplitude da área alcançada pela visão. A cegueira é definida como acuidade visual de 20/200 ou menos para o melhor olho, ou uma limitação do campo visual tal que o maior diâmetro do campo visual, no melhor olho, subentende um ângulo não superior a 20 graus.
                Em oftalmologia, a ausência de percepção luminosa significa visão zero. Esta perda completa da função visual, ou amaurose, pode ser unilateral ou bilateral. Há vários tipos de amaurose: a congênita, a diabética, a artrítica, a histérica etc.
                As principais causas da deficiência visual podem ser divididas em cinco grupos:


  • Doenças infecciosas;
  • doenças sistêmicas (deficiência de vitamina A (xeroftalmia), diabetes, meningite...);
  • traumas oculares;
  • causas congênitas (catarata, glaucoma...);
  • uso de certos medicamentos e outros.

Fontes:

 O que é baixa visão ou subvisão?
             De acordo com o Instituto Benjamin Constant, a pessoa com baixa visão:
[...] apresenta uma perda visual severa, que não pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico, nem com o uso de óculos convencionais. Entretanto, ela mantém um resíduo visual que é individual e sua capacidade de usá-lo não depende somente da acuidade ou da patologia. Esse resíduo compreende uma extensa gama de possibilidades, variando de pessoa para pessoa, e seu uso pode estar restrito desde a apenas algumas atividades da vida diária até a utilização da leitura e escrita em tinta, com recursos especializados (ópticos, não ópticos e eletrônicos).


                  O vídeo abaixo apresenta simulações a respeito das principais causas da perda de visão (degeneração macular, catarata, glaucoma, retinopatia diabética e hemianopsia). Apesar de estar em inglês, o vídeo permite passar pela experiência de ver o mundo como as pessoas com estas doenças veem.


 O que é Braille?

            O sistema Braille foi inventado na França por um jovem cego chamado Louis Braille em 1825. Trata-se de um sistema de escrita tátil formado por uma célula Braille (conjunto de seis pontos em relevo dispostos em duas colunas de três pontos).

Para maiores informações, acesse a nossa página sobre o Sistema Braille.



 O que são tecnologias assistivas?

                                              Para as pessoas, a tecnologia torna as coisas mais fáceis.
                                                                                           Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.
MARY PAT RADABAUGH





Tecnologia Assistiva (TA) é um termo utilizado para identificar todos os recursos que contribuem para facilitar as habilidades funcionais de pessoas com deficiência. De acordo com o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT):
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (CBTA, 2007).


As Tecnologias Assistivas podem ser divididas de acordo com as seguintes catogorias:

1) Auxílio para a vida diária abotoadores, talheres …
2) Comunicação aumentativa e alternativa (CAA) pranchas de comunicação ...
3) Recursos de acessibilidade ao computador  teclados modificados, mouses adaptados, softwares de reconhecimento de voz ...
4) Sistemas de controle de ambiente  uso de controles remotos para acionar aparelhos.
5) Projetos arquitetônicos para acessibilidade  rampas, mobiliário adaptado ...
6) Órteses e próteses.
7) Adequação postural.
8) Auxílios de mobilidade   bengalas, cadeiras de rodas ...
9) Auxílios para cego ou com visão subnormal lentes, lupas, softwares leitores de tela, ampliadores de tela, impressoras Braille, Linha Braille ou Display Braille...
10) Auxílios para surdos ou com déficit auditivo aparelhos para surdez, telefones com teclado teletipo (TTY) ...
11) Adaptações em veículos facilitadores de embarque e desembarque.


2) O Catálogo FORTEC de Tecnologias Assistivas apresenta as tecnologias criadas nas Entidades de Ciência e Tecnologias do país:  http://www.portalfortec.org/detalhes/CATALOGO_FORTEC_2011.pdf

3) Reportagem no Jornal Nacional sobre feira de tecnologias assistivas em São Paulo (17/08/2012) - http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/08/tecnologia-ajuda-criar-novos-aparelhos-para-pessoas-deficientes.html


 O que é audiodescrição?


                                               Dizem que a imagem vale mais do que 1.000
                                                                              palavras, pois bem, a audiodescrição é muito 
                                                                              mais que as 1.000 palavras.
                                                                       (MARCO ANTONIO DE QUEIROZ, autor do site 
                                                                                Bengalalegal)
                      Trata-se de um recurso de acessibilidade. De acordo com Lívia Motta, "a audiodescrição é uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica, que transforma o visual em verbal , abrindo possibilidades maiores de acesso à cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar" (Entrevista disponível em: http://www.fonosp.org.br/noticias/clipping/entrevista-com-livia-motta/).  A audiodescrição não se destina apenas a deficientes visuais, ela também beneficia idosos, pessoas com dislexia e outros. 
                       O livro Audiodescrição: transformando imagens em palavras, de Lívia Motta e Paulo Romeu, apresenta uma visão clara deste conceito. O livro está disponível em: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/LIVRO_AUDIODESCRICAO_TRANSFORMANDO_IMAGENS_EM_PALAVRAS.pdf .
                       O site Ver com Palavras (http://www.vercompalavras.com.br/home) apresenta várias definições e exemplos sobre a audiodescrição.


                       O vídeo abaixo apresenta a edição da TV Guia do Ator que aborda a questão da audiodescrição: 



                           Pode-se dizer que há quatro tipos básicos de audiodescrição: a gravada, a "ao vivo ensaiada", a simultânea e a de filmes estrangeiros que não foram dublados. No blog Audiodescrição, são fornecidas mais informações sobre os tipos de audiodescrição.


Exemplos de audiodescrição:
1) Vida Maria 


2) Comercial Inclusão Social

3) A monografia de Verônica de Andrade Mattoso aborda a questão da audiodescrição. Disponível em:  https://dl.dropbox.com/u/10004244/Blog/Artigos%20Acad%C3%AAmnicos/mattoso2012.pdf 







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